domingo, 29 de julho de 2012

Princípios dos dois caminhos

Princípios dos dois caminhos: Trata-se de um principio de discernimento para a teologiatranshistórica. Tem implicação com a cadoscidade, (ver cadoscidade) na medida que ser santo e separado, não se trata de ter atitudes religiosas ritualísticas ou postura de isolamento mas, de assumir uma posição, uma postura e um novo agir que provém do novo entendimento da graça.
Uma das bases fundamentais da teologia transhistórica é essa orientação dada por Jesus nos evangelhos acerca do caminhar.

"Entrai pela porta estreita porta grande e larga é a estrada que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela. Estreito é a porta e apertado o caminho que conduz à vida, e poucos encontram."
 (Mateus 7, 13.14)

A porta é a fé e o caminho esse novo jeito de viver iniciado por Jesus e conduzido pelo Espírito Santo. Assumimos essa indicação de que há somente dois caminhos e a seguinte perspectiva:

a) Sobre o caminho largo - é caminho de perdição, da condição de pecado, fundamento da humanidade. Ele é o caminho do bem e do mal, "de justiça", de leis, de diferença. Nele ganhamos a liberdade humana de forma a sentirmos como se pudéssemos ser deus e senhor de nosso destino, porém, com um preço muito alto, a morte. Estamos desde já nele, é um caminho que é movido pelo desejo,objetos do desejo e  pela falta fundante do ser.
Há amor, mas de natureza castradora ou narcísica. Todo nós passamos pela grande porta e se encontramos a caminhar na estrada larga.Caminho de crenças, da razão, das paixões e formas de viver, de poder, controle e ambição. Não temos como escapar dele, é o caminho necessário conhecido como mundo (não confundir com planeta) - seu saber é a cultura humana. Nele tudo nos é licito mas nem tudo convêm.
Por ser nossa condição humana e pensarmos a partir dele é que não assumimos um discurso dogmático de verdades absolutas. Também hierarquizamos a cadoscidade acima do discurso teológico. A fé é o que orienta a razão mas, não para teorizar verdades, mas apenas testemunhar.

b)   Sobre o caminho estreito - é o caminho apertado, o caminho para arvore da vida que foi selada depois da queda. È o caminho da vida, caminho este que sempre esteve ao lado da humanidade, mas, devido nossa condição de trevas no pecado não pode ver.Nele não há questões de diferenças e de semelhanças culturais, não há questões de raça ou etnia. Trata-se de um caminho que diz a respeito de morte e vida e não bem e mal, é o caminho do vivente e não do humano, por isso, é mais fácil de ser encontrado por pessoas  em estado de necessitadas do que aquelas que estão em estado de desejos, em outras palavras, é mais fácil um pobre encontrá-lo do que um rico. Alguns antigos encontraram esse caminho e foram perseguido e mortos, devido o entendimento que ele gera.
 Jesus inaugura a visão do caminho, a fé. Ele é o caminho.Um caminho que não pode ser conhecido por discurso, ele deve ser vivido. Os discurso só dizem dele de maneira indicativa e testemunhal, não estranhamente, Jesus falava dele por parábolas. 

 Por: Marcio Ferreira de  Araujo Miyazato.  Estudante de Teologia - (FAETESF) e Pós-graduando em Semiótica Psicanalítica - PUC-SP.

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